Tudo aqui quer me revelar
Minha letra, minha roupa,
meu paladar
O que eu não digo
O que eu afirmo
Onde eu gosto de ficar
Quando amanheço
Quando me
esqueço
Quando morro de medo do mar
Unhas roídas, ausências, visitas,
Cores na sala de estar.
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar
Tudo em mim quer me revelar
Tudo em mim quer me revelar
Meus gritos, meu beijo,
Meu jeito de desejar
O que me preocupa
O que me ajuda
O que eu escolho pra amar
Quando amanheço
Quando me esqueço
Quando morro de medo do mar
(Me
revelar, de Christian
Oyense e Zelia Duncan)
APRECIAÇÃO DE PINTURAS E FOTOGRAFIAS RELACIONADAS AO CONTIDIANO DO CAMPO
O TRABALHO ARTÍSTICO FEITO A MUITAS MÃOS E COM DIVERSOS MATERIAS PRA QUE SE POSSA AMPLIAR O LEQUE DE POSSIBILIDADES NA HORA DO FAZER ARTÍSTICO
Vista Cansada
Otto Lara Resende
Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à
sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez?
Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela
última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a
vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o
poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a
gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que
você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos
é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como
um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém
lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver,
você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do
prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.
Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um
dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a
mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que
morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser
também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa
a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não
vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e
limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o
que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca
viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no
dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de
fevereiro de 1992.
CADA UM DÁ SUA PARCELA DE CONTRIBUIÇÃO PRA QUE O TRABALHO ACONTEÇA COM MUITA DEDICAÇÃO
AGORA É HORA DE SELECIONAR O QUE FOI FEITO PELA TURMA E SE EMOCIONAR PELA PRIMEIRA VEZ NESSE ENCONTRO
OS TRABALHOS FINALIZADOS E EXPOSTOS
A VERNISSAGEM
Vernissage é um termo em francês que significa envernizamento,
normalmente utilizado para designar a pré-estreia de algo ou uma mostra privada
que precede a abertura de uma exibição, geralmente de obras de arte.
OLHOS ATENTOS
SURPRESA E ENCANTAMENTO
HORA DE SE EMOCIONAR PELA SEGUNDA VEZ NESSE ENCONTRO
O SORRISO JÁ FALA POR SE SÓ
AGRADECIMENTOS
A EMOÇÃO TOMOU CONTA DE TODOS E COMO DIZ O REI ROBERTO CARLOS "como é grande o meu amor por você..."
MOMENTO CELEBRIDADE!!!!!!!!!